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19 de fev. de 2013

As Transições da Era de Peixes para a Era de Aquário – Parte 4 - Arte e Cultura


Nada passa impune pelas transformações que a transição da era de peixes para aquário vem trazendo. Entre os arquétipos das artes, cultura e educação também não há exceção.

Nos tempos do império romano (Era de Áries), a música tinha alguns contextos fundamentais. Era, entre outras maneiras, utilizada em manobras militares, estimulando os soldados a invocarem algum tipo de força arquetipicamente masculina que poderia somar em seu potencial de agressividade e capacidade de luta em batalhas. Também trouxe da herança cultural grega, etrusca e mais a frente do período helenístico os grandes shows e performances que eram também realizadas em concursos musicais. A música fazia o artista ser visto como alguém com cultura acima da média, ocupando posição destacada na sociedade pelo dom artístico e musical. Havia também música ininterrupta nas grandes festas, principalmente nos grandes bacanais, já distorcidos em sua essência original que é a celebração do deus do vinho Dionísio, o Baco, na época da colheita em gratidão pela fartura.






A Era de Áries contribuiu diretamente na transição da arte romana de uma influência etrusca, para posteriormente seguir a linha grega, aí já também com a mistura da cultura helenística favorecida com a conquista da Magna Grécia, sul da Península Itálica. Essa conquista vai promovendo a mistura e trazendo a influência dessa cultura artística mais desenvolvida, com técnicas não conhecidas pelos antigos, como a tridimensionalidade na pintura. Infelizmente não há muitas pinturas ou afrescos desse período, por causa do Vesúvio e sua erupção em 79 d.c. que invadiu Pompéia e Herculano, destruindo grande parte. Mas alguns exemplos mostram, principalmente em Pompéia, que havia criatividade artística erótica bastante desenvolvida e aprofundada.







Na era de peixes, as artes vão gradativamente sendo desnutridas da vibração ariana que continha até então a energia da competição, distinção social, sexualidade, militarismo, entre outras. E então vai dando espaço proporcionalmente gradativo para a energia pisciana, que abastece então o “tanque de combustível da criatividade”, mas agora com as emoções, a sublimação dos conteúdos inconscientes advindos de culpas e traumas, a intuição, a inspiração, os sonhos e a espiritualidade.

Aqui a arte muda seu foco e deposita a sua ênfase natural no envolvimento do expectador com o encanto e a magia da arte produzida e que trazem uma sensação de conexão com um mundo sutil e encantado da imaginação, da fantasia e inspiração que se enraíza também nas profundezas do inconsciente do artista e do seu público. É importante lembrar que as energias entre as eras ficam “misturadas” por séculos (estimativa de 400 a 800 anos) até se atingir um patamar onde apenas a energia da era do momento presente estar sendo regida pela vibração de apenas um signo. Essa mudança é lenta, gradual, e sutil e imperceptível no dia a dia. Mas ao alargar a régua do tempo olhando para as mudanças que ocorreram de 2 ou 3 séculos para o momento presente, percebe-se com maior nitidez o que uma mudança de era significa e como transforma o planeta todo de maneira completa e sem qualquer tipo de exceção. Podemos ser capazes de imaginar como estará vivendo a humanidade em outros 2 ou 3 séculos a frente? Coisas totalmente impossíveis e impensáveis numa época fazem parte do simples cotidiano rotineiro em outro momento...E assim por diante.

As artes também carregavam na era de peixes um forte contexto religioso em geral ligado às instituições(peixes) que regiam a fé. O exemplo da arte sacra que atravessou séculos, também sendo objeto de manipulação da Santa Sé, que impunha regras para qualquer tipo de arte ou manifestação cultural poder ser criada e/ou difundida, ou não. A introjeção esquizóide de qualquer sentimento de culpa nos fiéis se torna a força motriz do mecanismo de repressão social que acabou gerando conteúdos inconscientes mais conflituosos e complexos, e por consequência, mais ricos e que possibilitam evoluir o mecanismo da sublimação trazendo ainda mais brilhantismo aos artistas da época.







Fazendo um paralelo em uma escala diferente, os exemplos que temos no século XX mostra um modelo usado pelas ditaduras e que se espalharam pelo planeta são bem antigos. Esse fenômeno coletivo de enriquecimento no conteúdo da classe artística é semelhante, por exemplo, ao da época da ditadura no Brasil onde a repressão militar a qualquer idéia diferente da que o poder centralizado determinava gerou uma reação das pessoas que não podiam se calar. E assim nos brindaram com obras fantásticas de artistas que souberam aproveitar a capacidade criativa de sublimação para se expressarem e trouxeram a tona um vasto e inestimável acervo artístico para a Música Popular Brasileira. Nesse contexto brasileiro específico, já vemos a energia aquariana misturada com a de peixes. As emoções represadas e caladas a força se transmutam em conteúdo sublimado artístico (peixes) com um caráter revolucionário, social e humanitário (aquário) fortíssimos.

Na era de peixes as instituições poderosas foram determinando o que poderia ser criado ou não, em realidade a arte bizantina não tinha mais liberdade na produção de sua arte e a manipulação do clero ali também se fez presente e foi constituída politicamente.







A partir do Século XI que se instaurou a arte românica, que era nítida nas igrejas e foi difundida principalmente através das cruzadas com o início da prosperidade da Europa depois de muitos anos de dificuldades. Nessa altura a arte e cultura eram usadas pela igreja para minar o poder dos nobres que foram tendo suas terras divididas e por consequência o poder reduzido ao longo das gerações. Assim foram ditadas as regras sobre tudo aquilo que se podia pensar, criar e expressar.

No Século XII já há um nível de urbanização nas grandes cidades que influencia a transição da cultura que antes era ligada a natureza e ao campo. Isso fica evidente também na arquitetura que traz mudanças rumo a uma tendência gótica. As igrejas góticas são grandiosas e tentam expressar a grandiosidade de Deus e de seu poder sobre a vida e sobre tudo. Os seus detalhes e a beleza estética só foram valorizadas séculos mais tarde, já no período. É quando o padre saiu do monastério e foi para a catedral ter uma atuação mais direta com as massas das grandes cidades.

A música no período romântico toma tamanha dimensão de complexidade que a grande maioria dos compositores, como Bach, Beethoven, Mozart e Chopin, entre outros desse período é tida ainda nos tempos de hoje como gênios dotados de um dom acima da média e que não existe mais atualmente, principalmente com o conforto tecnológico na hora de produzir e/ou compor uma música.






Percebe-se que é nítida a mudança na qualidade criativa nas artes nos dias de hoje. Não é coincidência que justamente numa época em que os seres humanos mais têm liberdade de pensar e se expressar como nunca houve antes no mundo civilizado, o conteúdo a ser sublimado empobrece ou diminui com a ausência de repressões externas intensas, influenciando diretamente a qualidade das produções artísticas atuais, que com a proximidade da era de aquário vão tendo suas funções tomando rumos mais sociais do que emocionais.

A dança também quebra o padrão de beleza e passa a vivenciar um período de experiencialismo, diminuindo a importância da estética e dos conteúdos emocionais, trazendo a tona uma expressão mais social dos conteúdos latentes. Danças com movimentos mais robotizados e menos delicados ganham importância e valor social. A poesia concreta, arte plástica contemporânea entre outros são bons exemplos de artes já sendo embriagadas da energia aquariana.






A arte tinha uma função emocional, de criar sensações que levassem o público alvo a sentir algo. Continha uma estrutura teatralizada e/ou dramática onde o público era levado a vivenciar qualquer tipo de emoção ou sentimento. O objetivo da arte na Era de Peixes, além de libertar conteúdo latente do artista, era fazer seu público sentir. E esse conteúdo cria um elo forte entre artista e seu público pelo fato da energia de peixes ser capaz de fazer conexões entre inconscientes com uma telepatia nem sempre conhecida, mas atuante trazendo a tona traumas passados e emoções contidas através de situações artístico-catárticas.

As artes tinham mais tempo para serem criadas e intuídas na era de peixes, apesar de terem que seguir padrões e normas políticas e religiosas. Os artistas tinham em sua disposição as ferramentas que necessitavam, e tinham que ser dotados de talento artesanal, que hoje em dia está sendo substituído gradativamente com o advento da tecnologia aquariana. A produção em massa, a necessidade da agilidade desfavorecem a liberdade criativa, e cumprem simplesmente uma expectativa mais imediata de uma função social capitalista, mas já bem mais desapegada emocionalmente.

Com o tempo passando a música começa gradativamente a perder a complexidade de sua estrutura de composição das grandes peças e sinfonias e os grandes concertos com sinfônicas e filarmônicas, diminuindo os membros dos grupos e mudando o formato da produção musical. Da mesma forma a perfeição técnica nas pinturas e esculturas vai dando lugar a uma forma diferente do artista se expressar, com menos atenção à estética ou em ser agradável aos sentidos físicos. Há um alargamento da sua liberdade criativa frente aos conceitos da igreja que vai gradativamente perdendo força de influência sobre vida, a cultura e as diretrizes dos valores pessoais individuais e coletivos. A arte agora tem que expressar conteúdos humanos de forma livre e também não necessariamente estética ou bela, tampouco de cunho emotivo. A razão substitui os sentimentos e aos poucos a arte começa a ser usada para expressar idéias e pensamentos além das emoções. Se na era de peixes a arte tinha como função promover “o sentir”, na era de aquário procura-se despertar uma consciência social. Vemos isso nitidamente hoje na arte contemporânea, fundamentalmente no século XX. Aos poucos aquilo que emocionava profundamente, tocando emoções e conteúdos mais latentes foi tendo seu espaço no mundo diminuído em prol de atividades artísticas mais centradas na razão e no pensamento. No Brasil, a semana de arte moderna representa um marco. Houve uma grande revolução na liberdade de criação, a busca com uma ruptura definitiva com a antiga arte. Linguagens e abordagens criativas novas, o advento da poesia declamada... Simplesmente ter algo caracterizado como “novo” já era valorizado, não dependendo muito da qualidade final da arte produzida. A arte não tem mais que ser bela, tem que ter uma função social. Essa é a nova qualidade desejada pela demanda humana em relação a todas as artes.






Também na arquitetura é nítida a diferença de uma natureza criativa nas construções das grandes catedrais góticas, dotadas de infinita riqueza de detalhes, em relação aos edifícios “padronizados” que são usados por correntes religiosas atuais. Mesmo as residências tinham um estilo mais criativo e detalhista do que hoje temos com a arquitetura “funcional” que tem cada vez menos metros quadrados para acomodar uma família em um apartamento. O Ornamento farto na era de peixes praticamente deixa de existir por conta da necessidade de ter um lar prático.






Parte da arte que antes era feita artesanalmente hoje está sendo realizada por bons, competentes e criativos usuários de computador. Isso modifica o conceito de quem tem dom de artista ou não. Uma pessoa pode ter imenso talento criativo, sem nenhum talento artesanal, mas que pode explorar essa criatividade através de uma interface digital. Talvez um excelente artesão não seja competente utilizando um computador para uma criação digital.

O Artista dá espaço para que haja um componente entre ele e sua criação. A tecnologia. Músicas eletrônicas, desenhos animados, cinema, câmeras digitais, mp3, instrumentos elétricos, sintetizadores, softwares de gravação que simulam mesas de som com infinitos canais, ou que modificam as imagens de uma foto, etc.






Até mesmo a escrita está numa transformação drástica. A caligrafia que é um trabalho artesanal (já foi muito mais) está em processo de extinção. Quem sabe não chegará o dia em que as crianças podem vir não a aprender a escrever, mas sim já a digitar em seu processo de alfabetização. A caligrafia está cada vez mais restrita. Poucas décadas era até mesmo disciplina obrigatória em alguns cursos escolares. Fica simples imaginar que há 30 anos ninguém tinha e-mail e hoje em dia, quem não possui ao menos um endereço eletrônico está com sérios problemas de comunicação com o mundo.

A produção artística tinha anteriormente uma configuração que era provida apenas do talento e da capacidade criativa e/ou artesanal do artista. Hoje a eletricidade e a tecnologia realmente movem o planeta. Imaginando uma pane elétrica no mundo pode-se perceber que o ser humano teria que aprender a conviver novamente apenas com quem está próximo fisicamente. Sem elevadores, geladeiras, automóveis, telefones, computadores... O Ser humano com o tempo vai se desfazendo de talentos por conta das facilidades que o momento atual lhe proporciona através do avanço das descobertas científicas e tecnológicas da raça humana. E essa mudança não fica limitada as artes, mas ao contrário, afeta a vida de todos de forma generalizada. Isso tem uma contrapartida que é a possibilidade constante de ocorrer alguma mudança inevitável e nem sempre previsível (aquário é o signo do imprevisível) e a constante necessidade de se sentir preparado para se adaptar a algo que nem sabe se vai ou quando irá acontecer. E isso gera seres humanos naturalmente mais inquietos, elétricos... Um tempero tipicamente aquariano.

A tecnologia aquariana está presente também na quebra das regras de leis de direitos autorais dissolvendo barreiras e pulverizando pelo planeta grande parte da criação artística disponível. Qual informação cultural, que hoje em dia não se consegue obter com alguma facilidade através de ferramentas da internet? Os tempos mostram que toda produção cultural, artística, intelectual está se tornando naturalmente de domínio planetário e não parece hoje em dia ser possível impedir que toda informação e conhecimento produzido pelo ser humano estejam acessíveis a todos de forma gratuita. Temos o exemplo da famosa batalha entre a banda de rock Metallica e a Napster. A empresa produziu um software que permitia conexão em rede, interação e interação entre pessoas do mundo todo de músicas sem os autores receberem por isso. É uma luta compreensível do ponto de vista dos artistas criadores, mas do ponto de vista de um planeta que está num momento em que se alimenta, e precisa se alimentar de conhecimento e cultura sem qualquer tipo de barreira parece que será cada vez mais perda de tempo. A adaptação na forma de criar subsistência também é uma solicitação das novas eras e tem que acontece. A tendência aponta para que ninguém mais tenha direito de propriedade sobre qualquer tipo de conhecimento. Leis de patentes quebradas para remédios genéricos representa outro tipo de exemplo onde o conhecimento (fórmula) foi publicado e compartilhado em prol da sociedade.






O Enriquecimento cultural e a homogeneização do conhecimento e da cultura no planeta ultrapassam os conceitos de autoria pessoal em prol da coletividade. A Era de Aquário solicita isso sem piedade dos criadores, privilegiando o coletivo, não o individual.

Um efeito colateral disso é que no mesmo lugar onde se encontra o conhecimento, se encontra a inverdade. Qualquer pessoa no mundo pode hoje publicar em um blog uma “mentira científica” com uma “embalagem credível”, fazendo o leitor crer que aquilo é verdade. É o preço mínimo que se paga por ter acesso a todas as informações sem barreiras. Todas mesmo, incluindo as verdades e mentiras. O desafio é saber criar meios naturais e coletivos de filtrar aquilo que é credível ou não. Isso é também um caminho natural e que já se nota.

O maior ícone da mudança de aquisição cultural na transição das eras, momento em que vivemos atualmente, foi a invenção do rádio, que pela primeira vez permitiu que informações em formato de voz pudessem ser passadas em tempo real para infinitas pessoas sem a necessidade da presença física do emissor e receptor. Com o tempo, a televisão e, mais recentemente a internet são os exemplos mais nítidos da mudança profunda em que estamos mergulhados nesse limiar das eras. O teatro, como todo espetáculo ou evento artístico, cultural, esportivo, jornalístico, educacional hoje pode ser encontrado e assistido através de um aparelho eletro-eletrônico. A TV ampliou radicalmente a massificação da transmissão de informações que o rádio deu origem. Antes do rádio, televisão e telefone todo o conhecimento e cultura eram passados boca-a-boca, o que favorecia a heterogeneidade das culturas que tinham suas tradições “protegidas” de miscigenação. Tradições são algo raro hoje em dia, e que se percebe apenas em pequenas tribos. Com o tempo e avanços na civilização, foi criado o serviço postal, abrindo outro novo caminho aquariano de informações. Já era um “pré-projeto” do e-mail, que é um pré-projeto de alguma outra... E assim por diante.






Algo que ainda é preocupante e merece atenção nessa transição entre eras. Enquanto cientistas e/ou afins buscam reafirmação com novas descobertas criando novos rótulos para identificar os problemas que o processo educacional vem sofrendo como um todo acabam por se esquecerem de verificar que na verdade é o método atual de transmissão de conhecimento que vem perdendo gradativa e vertiginosamente sua competência em cumprir seus objetivos. Não há mais como manter alunos presos em salas de aula, enquanto uma única pessoa vai transmitindo conhecimento. Esse formato já não atende as necessidades mais avançadas que as gerações de crianças vão solicitando para a sociedade em seu momento de aprendizado escolar. Então, de forma distorcida e preocupante o “problema” passa a ser a criança, que é rotulada de hiperativa, ou é uma índigo de um subtipo específico, ou tem déficit de atenção... Rótulos... Carimbos... Estigmas. Enquanto isso, não se olha para o ultrapassado sistema de ensino-aprendizagem do modelo atual. Parece ser uma das áreas com evolução mais atrasadas nessa transição das eras, principalmente por depender de ação efetiva do poder púbico. Mesmo assim há evidências mais sutis de que a mudança é inevitável, cedo ou tarde ela virá. A página da internet Wikipédia por exemplo constitui uma enciclopédia ampla acessível a qualquer parte do mundo, sem você precisar comprar “aquela caríssima Barsa que tentavam vender batendo na sua porta”. Mas a demência, incompetência e impotência do poder público frente às demandas educacionais são preocupantes, pois a humanidade terá que fazer esforços adicionais para superar essa barreira e recuperar o tempo perdido com uma educação corrompida. E isso só acontecerá quando os sistemas políticos atuais tiverem sido dissolvidos em função de uma mudança que também é inevitável. Tudo o que depender do poder público estará “na parte de trás da fila” dessas mudanças. O que não depende é a demanda social, individual e coletiva. Essas evoluem naturalmente criando algumas distorções e estigmas indesejáveis na hora de analisar de forma mais direta e clara o momento atual da transmissão de conhecimento e principalmente os efeitos de um sistema educacional mais que ultrapassado no comportamento da criança e construção do seu conhecimento no mundo atual. Os diagnósticos são turvados pela ausência de uma visão mais ampla do nosso próprio contexto social e político. E assim se criam cada vez mais estigmas nas crianças tentando classifica-las.






Por fim, podemos perceber que as ferramentas sociais e políticas ficam cada vez mais enferrujadas frente à realidade e demandas sociais que mudam cada vez mais rápido. Mas isso é um assunto para ser desenvolvido em um próximo capítulo sobre os sistemas políticos e poder público na transição entre as eras de peixes e aquário.


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Carlos Falcão
www.fractal12.com
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